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Roupa de Missa – três cenas – Moda e Modéstia
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Roupa de Missa – três cenas

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Por Isabel R. Filippi

Antes de iniciar qualquer argumentação neste artigo, gostaria de tratar de algumas cenas que podem acontecer neste contexto:
Cena 1 – Domingo, antes da missa, o católico (ou a católica) abre seu guarda-roupa e veste-se normalmente: se está calor, o moço coloca sua bermuda e camisa regata, e a moça sua blusa de alça e com decote com uma calça de ginástica, a roupa da moda. Vai à missa, afinal, “o que importa é o que está no coração”;
Cena 2 – Domingo, o católico se depara com seu guarda-roupa e precisa peneirar para encontrar alguma roupa que se adeque ao momento: a Santa Missa. Sabe que precisa vestir-se com “certa” modéstia, então procura alguma roupa que não tenha nada decotado ou seja muito curto. Vai à missa satisfeito, afinal, está comportado e vestido “próprio para a ocasião”;
 
Cena 3 – Domingo, um católico abre seu guarda-roupa e entre todas as suas roupas escolhe aquela mais apropriada, ou seja, aquela que é a mais bonita, a mais nova etc, a “roupa de missa”, como era chamada antigamente. Não que as demais roupas não sejam apropriadas, mas é bom sempre agradar um pouco mais a Deus.
Partindo destas três cenas, é fácil perceber qual está completamente incorreta: a primeira. O clichê “o que importa é o que está no coração” só é dito por aqueles que se recusam a fazer algo mais para Deus, que se esquecem sobre a sacralidade de seu corpo e acham que o que está no coração não precisa se refletir no exterior. Entretanto, o que a Igreja prega e sempre pregou é que a piedade também deve ser demonstrada externamente: de que adianta eu dizer que respeito e honro a Deus, se me coloco à frente dEle como me colocaria na frente de um qualquer, em uma praia ou na academia? Mas e se fosse uma visita a um Rei, ao Presidente, será que me vestiria assim? Deus pode não “precisar” que nos visitamos com nossas melhores roupas, mas nós precisamos demonstrar nosso respeito e adoração por Ele da melhor forma que pudermos, interna e externamente. E isso com certeza será muito mais agradável ao olhos dEle, se estivermos bem dispostos no interior e no exterior.
No entanto, a segunda e a terceira cena podem parecer ter pouca diferença, mas há uma diferença gritante entre ambos os católicos apresentados. A segunda cena mostra um católico que tem “roupa decente para ir à missa” e “roupa indecente, que não dá para ir à missa”. Mas… então pode usar roupa indecente fora da missa? Esta definição de hoje de “roupa de missa” é muito diferente de outrora, é uma definição que demonstra que não estamos impregnados com a castidade, com a modéstia, com o pudor em nosso dia-a-dia. O simples fato de sair da porta da Igreja não nos dá o direito de usar um decote avantajado ou uma saia curta, “porque está na moda”. Todo o dia é dia para se policiar no vestir, para sermos espelho de Deus, para darmos testemunho com nosso exemplo.
Já na terceira cena, a “roupa de missa” como sempre foi vista: aquela nossa melhor roupa, a roupa mais nova, a mais bonita. Posso não ter mais que duas peças de roupa, mas aquela que é a que eu mais gosto, então é esta que irei usar. Posso ter apenas roupas doadas, se minhas condições não permitem comprar roupas novas, mas “aquela” roupa, a mais bonita, é a que irei usar. E é isso que importa aos olhos de Deus: não é ter uma roupa que custe milhões, mas dar o nosso melhor a Ele. Não como no primeiro caso, onde a pessoa acha que basta dar o seu “melhor interior”, mas sim doar-se por inteiro, da maneira que estiver ao seu alcance, para agradar a Deus, como aquela mulher que deu apenas algumas moedas, mas estas poucas moedas eram tudo o que tinha. E neste último caso, a pessoa já está inteiramente junto de Deus no seu vestir, não tem a idéia de que roupas decotadas e curtas só não podem ser usadas dentro da Igreja. Seu exterior reflete o seu interior em todos os lugares e, principalmente, dentro da casa de Deus e diante do Sacrifício da Cruz.