Por Julie Maria
Uma vez que nos damos conta de que a calça é própria para o homem e a saia para a mulher – pelo menos numa sociedade onde a dualidade sexual é vista como algo bom, querida pelo Criador e que merece ser valorizada – fica mais fácil deixarmos de lado esta peça para nos encantarmos pelas saias longas e modestas.
Até chegarmos a esta adesão é comum protelarmos. Às vezes insistimos em querer justificar que não temos dinheiro para mudar todo o guarda-roupa (e isso não é necessário), outras vezes começamos a usar a saia pelo menos para ir à Santa Missa, ou deixamos de usar a calça com regata e começamos a usá-la com bata. Cada uma segue o seu ritmo nesta mudança que, desde já, não é fácil para nenhuma de nós. Geralmente são anos a fio usando aquela peça que “combina com tudo” (como pretende ser a calça jeans) e – infelizmente -, é raro quando o desapego é tão profundo ao ponto de nos desfazermos de todas as nossas calças sem deixarmos nenhumazinha para “uma emergência” (afinal, se eu sei que a calça não é própria para mim, então, não é para ninguém mais).
Mas o que não se justifica, de forma alguma, é pensar que exista uma calça “feminina”. Ela não existe e nunca existiu. A calça é, foi e será sempre masculina. Ela é desenhada para o corpo masculino, que não tem as curvas do corpo feminino. Na sua origem, ela foi desenhada para o trabalho nas minas e depois para os vaqueiros: jamais para as mulheres. Por isso, o que chamamos de calça “feminina” é como uma anomalia da moda.
Vejamos o que faz a calça ser “feminina” segundo seus defensores: A cor? O corte? Os detalhes no bolso? A lycra, o elastano e o strecht? – Ora, nada disso muda a calça em si mesma. No entanto, a indústria e a mídia, ao usar atrizes famosas como a Marylin Monroe e outras conseguiram manipular o que se chama “calça” tornando-a atrativa para o sexo feminino. Eles bem sabiam que a veste não é apenas “veste”, sabiam que a partir da transformação desta muda-se, também, o comportamento de uma pessoa.
Não obstante tanto malabarismo da moda, a calça está cada vez mais ridícula. Mais apertada, mais vulgar, mais insinuante para as nádegas (com listras, brilhos e todo tipo imaginável de atrativo nos bolsos de trás). Como se não bastasse tudo isso, criaram ainda a lycra, o elastano e o strech, não apenas na calça que se pretende “feminina”, mas, também, na calça supostamente masculina.
Com um pouco de vontade de agradar a Deus, de imitar a Nossa Senhora e de ajudar a diferenciar os dois sexos, tal como Deus os criou, vale o supremo esforço para tomarmos a decisão de deixar de usar esta peça de uma vez por todas. Ela não nos merece. Ela não está à altura da nossa dignidade. Ela nos vulgariza e masculiniza. Voltemos a nos vestir com modéstia, elegância e com roupas, tipicamente, femininas como vestidos e saias. Vamos contribuir para diminuir este caos moral cuja raiz está justamente em querer uma moda absurdamente unisex, onde a calça reinaria absolutamente nos guarda-roupa de todo o mundo… Exatamente como acontece hoje.